Sejam bem vindos ao meu blogue sobre os cantinhos do nosso Portugal, e o primeiro local que vos vou falar, é bem conhecido... Falo-vos da Batalha.
Já há muitos anos que não parava na Batalha, tenho passado por lá... quer dizer... na autoestrada quando vou para Braga ou para o Porto (mas estes são destinos para outro dia). Então... certo fim de semana decidimos ir à Batalha... liguei o meu Blaupunkt para ver qual o melhor caminho (e para variar o "raio do gps" não tem a Ponte 25 de Abril), neste caso ainda bem porque queria mesmo ir pela nacional.
A viagem foi rápida e tranquila... onde vamos almoçar? Planeávamos animadamente quilómetros antes de chegar... Acabamos por não parar e fomos direitos ao Hotel colocar o saco, lavar a cara e perguntar onde poderíamos almoçar.
Falemos então do Hotel, Casa do Outeiro, no topo da Batalha, com vista para o mosteiro, uma especie de duas ou três moradias recuperadas, contiguas, transformadas em Hotel com alguns quartos, muito agradável, um quarto muito porreiro, e um senhor muito amável a receber-nos, ofereceu-nos um welcome drink... já não me lembro bem o que bebi... foi um licor... tinha vários à escolha.
Não vou falar de comida ainda... vou falar do passeio pela cidade. A cidade está estimada, bem arranjada e acima de tudo limpa.
O que temos para ver, ou melhor o que é que eu fui ver... infelizmente o tempo não deu para a pia do urso, nem para Porto de Mós, mas deu para o Mosteiro e o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.
O Mosteiro da Batalha está muito degradado, foi com pena que vi que no seu exterior não existem sinais de manutenção, vidros partidos, alguns mesmo ausentes, pedra gasta e vandalizada, e claro pombos a ajudarem na corrosão. No interior um jardim bonito e arranjado, nota-se esforço em manter todo o espaço limpo e arranjado, bem tratado e com excelentes vitrais para fotografar. Pena mesmo é que as capelas imperfeitas sejam atacadas pelos pombos e não se arranje maneira de os manter longe.
Depois do mosteiro uma visita ao CIBA, centro de interpretação da Batalha de Aljubarrota, no exterior um vasto espaço de jardim, mato e terra, onde escrevem os cronistas teve lugar a Batalha de Aljubarrota, ao logo do terrenos da batalha estão colocados uma espécie de binóculos view master em que podemos ver o que cada uma das posições de batalha via no momento.
No interior do CIBA existe uma loja com merchandising alusivo à Batalha, e não me lembro por quanto, podemos assistir um filme muito bom sobre a batalha, sem querer revelar muito, para não quebrar o mistério, o filme vale pela componente cénico teatral da sala onde é visualizado e do que acontece à volta da tela de projecção, depois dos cerca de 30m de filme visita ao museu, onde estão armas e ossadas encontradas no local.
Depois da componente turística, vamos à paparoca... então chegamos à Casa do Outeiro e perguntámos onde poderíamos almoçar. Sugestões um restaurante/café que tinha uns pratos de nome italiano assim meio comida pré-feita e/ou o Vinho em Qualquer Circunstância. O primeiro espreitei e não gostei, ao segundo tinha planos para lá ir mais tarde. Acabamos por comer frango assado e costeletas de borrego numa qualquer tasca que não me agradou muito.
Como referi o Vinho em Qualquer Circunstância estava nos planos para mais tarde, pois é... fui lá por volta das 18h para uma degustação de vinhos, e que bela degustação. Primeiro um Douro e depois um Alentejano, tudo isto acompanhado por cinco variedades de pão e cinco variedades de enchidos. Satisfeitos e convencidos, pedimos uma sobremesa um nanak, e o que é um nanak? era um pudim de chá verde com um bola de gelado, e como estamos num restaurante de vinho, a sobremesa foi acompanhada por um Moscatel Roxo da colecção privada do José Maria da Fonseca, simplesmente divinal.
Bem comido, nada como um passeio ao pé... seguido pelo regresso a casa.