quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Granja

Hoje vou falar vos de uma aldeia tipicamente alentejana, mas que curiosamente não tem uma população muito envelhecida... fica ali para o lados de mourão, perto de Monsaraz com um pezinho quase em Espanha.


Mas o que me leva a visitar a Granja, como descobri a Granja... Bem, é a terra do meu sogro, como tal fui "obrigado" a conhecer. Mas ao visitar a Granja o que se pode fazer por lá? Bem se não for na altura da festa anual não terá muito que fazer :(... Mas tem sempre excelentes paisagens à volta para apreciar.

A entrada na zona dos grandes lagos alentejanos é excelente, quem disse que o Alentejo não tem água, este Alentejo tem água até perder de vista. Devido, claramente à barragem do Alqueva. E que obra, para quem gosta de energia e de arquitectura é obrigatório visitar, simplesmente espectacular.


Para além de visitar o Alqueva, aconselho também uma visita ao castelo de Monsaraz e onde poderá ver a magnifica vista e apreciar a água a romper as planícies... uma visão deliciosa.


Nesta visita os almoços e jantares foram em casa, mas podem sempre dar um saltinho a Mourão e comer no restaurante Adega Velha, dificilmente se arrependerão.

Como não podia deixar de ser faço a minha recomendação vinícola, paragem obrigatória a Cooperativa Agrícola da Granja onde podem comprar um bom vinho alentejano da Amareleja/Granja, vinhos bons para todas as bolsas. E claro, não esquecer um garrafão de azeite, azeite puro, azeite de azeitonas que não provêem de olival intensivo.


Por fim, aqui fica o website da freguesia, http://www.agranja.com.pt/, quando forem ao Alentejo, façam um desvio e atravessem os grandes lagos e dêem um saltinho à cooperativa.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bem Vindos... 1º Tópico - Batalha

Pois é...
Sejam bem vindos ao meu blogue sobre os cantinhos do nosso Portugal, e o primeiro local que vos vou falar, é bem conhecido... Falo-vos da Batalha.

Já há muitos anos que não parava na Batalha, tenho passado por lá... quer dizer... na autoestrada quando vou para Braga ou para o Porto (mas estes são destinos para outro dia). Então... certo fim de semana decidimos ir à Batalha... liguei o meu Blaupunkt para ver qual o melhor caminho (e para variar o "raio do gps" não tem a Ponte 25 de Abril), neste caso ainda bem porque queria mesmo ir pela nacional.

A viagem foi rápida e tranquila... onde vamos almoçar? Planeávamos animadamente quilómetros antes de chegar... Acabamos por não parar e fomos direitos ao Hotel colocar o saco, lavar a cara e perguntar onde poderíamos almoçar.

Falemos então do Hotel, Casa do Outeiro, no topo da Batalha, com vista para o mosteiro, uma especie de duas ou três moradias recuperadas, contiguas, transformadas em Hotel com alguns quartos, muito agradável, um quarto muito porreiro, e um senhor muito amável a receber-nos, ofereceu-nos um welcome drink... já não me lembro bem o que bebi... foi um licor... tinha vários à escolha.


Não vou falar de comida ainda... vou falar do passeio pela cidade. A cidade está estimada, bem arranjada e acima de tudo limpa. 
O que temos para ver, ou melhor o que é que eu fui ver... infelizmente o tempo não deu para a pia do urso, nem para Porto de Mós, mas deu para o Mosteiro e o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.

O Mosteiro da Batalha está muito degradado, foi com pena que vi que no seu exterior não existem sinais de manutenção, vidros partidos, alguns mesmo ausentes, pedra gasta e vandalizada, e claro pombos a ajudarem na corrosão. No interior um jardim bonito e arranjado, nota-se esforço em manter todo o espaço limpo e arranjado, bem tratado e com excelentes vitrais para fotografar. Pena mesmo é que as capelas imperfeitas sejam atacadas pelos pombos e não se arranje maneira de os manter longe.


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Depois do mosteiro uma visita ao CIBA, centro de interpretação da Batalha de Aljubarrota, no exterior um vasto espaço de jardim, mato e terra, onde escrevem os cronistas teve lugar a Batalha de Aljubarrota, ao logo do terrenos da batalha estão colocados uma espécie de binóculos view master em que podemos ver o que cada uma das posições de batalha via no momento.


No interior do CIBA existe uma loja com merchandising alusivo à Batalha, e não me lembro por quanto, podemos assistir um filme muito bom sobre a batalha, sem querer revelar muito, para não quebrar o mistério, o filme vale pela componente cénico teatral da sala onde é visualizado e do que acontece à volta da tela de projecção, depois dos cerca de 30m de filme visita ao museu, onde estão armas e ossadas encontradas no local.

Depois da componente turística, vamos à paparoca... então chegamos à Casa do Outeiro e perguntámos onde poderíamos almoçar. Sugestões um restaurante/café que tinha uns pratos de nome italiano assim meio comida pré-feita e/ou o Vinho em Qualquer Circunstância. O primeiro espreitei e não gostei, ao segundo tinha planos para lá ir mais tarde. Acabamos por comer frango assado e costeletas de borrego numa qualquer tasca que não me agradou muito. 

Como referi o Vinho em Qualquer Circunstância estava nos planos para mais tarde, pois é... fui lá por volta das 18h para uma degustação de vinhos, e que bela degustação. Primeiro um Douro e depois um Alentejano, tudo isto acompanhado por cinco variedades de pão e cinco variedades de enchidos. Satisfeitos e convencidos, pedimos uma sobremesa um nanak, e o que é um nanak? era um pudim de chá verde com um bola de gelado, e como estamos num restaurante de vinho, a sobremesa foi acompanhada por um Moscatel Roxo da colecção privada do José Maria da Fonseca, simplesmente divinal.

Como cliente satisfeito regressa ao local do crime, adivinhem onde foi o almoço do dia seguinte? Vinho em Qualquer Circunstância. Quem disse que a comida groumet não enche? Eu pensava que não, mas enganei-me, depois de queijo fresco com azeite e oregãos e uns cogumelos salteados para a entrada, um carré de porco, com um folhado de manga e arroz selvagem e uma perna de pato com esmagado de batata e pêra, seguindo de uma sobremesa que não me lembro bem qual era, à qual juntaram um copo de um vinho espumoso doce de toque italiano muito bom, que pode ter fome para mais? Simplesmente divinal.. É verdade falta o vinho... E não que descobri uma casta que só conhecia no vinhos australianos, pois é... a refeição foi acompanha de um vinho alentejano chamado CEM REIS, feito exclusivamente de Syrah, uma casta que dá um toque mais encorpado ao vinho alentejano, fazendo-o mais forte, é um vinho com cerca 14%. Excelente.

Bem comido, nada como um passeio ao pé... seguido pelo regresso a casa.